terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aeronáutica regulamenta o que fazer com notificações de óvnis no Brasil
















Uma portaria publicada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União regulamenta como a Aeronáutica deve proceder com notificações de "objetos voadores não identificados" (óvnis) no espaço aéreo brasileiro. De acordo com o documento, o Comando da Aeronáutica (COMAER) deve restringir sua atuação neste campo ao registro de ocorrências e ao encaminhamento desses registros para o Arquivo Nacional.
O texto, portaria 551/GC3, de 9 de agosto de 2010, aponta ainda o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) como responsável por receber e catalogar as notificações referentes a óvnis. Os registros ("relatados por usuários dos serviços de controle de tráfego aéreo") devem seguir para o Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (CENDOC), conforme determina a portaria.
O CENDOC, por sua vez, é indicado como responsável por arquivar cópias dos registros encaminhados e enviar os originais ao Arquivo Nacional.

Leia a Portaria na íntegra:

PORTARIA No- 551/GC3, DE 9 DE AGOSTO DE 2010
Dispõe sobre o registro e o trâmite de assuntos relacionados a "objetos voadores não identificados" no âmbito do Comandoda Aeronáutica.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, de conformidade com o previsto no inciso XIV do art. 23 da Estrutura Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo Decreto nº 6.834, de 30 de
abril de 2009, e considerando o que consta do Processo nº 67000.001974/2010-61, resolve:
Art. 1º As atividades do Comando da Aeronáutica (COMAER) relativas ao assunto "objetos voadores não identificados" (OVNI) restringem-se ao registro de ocorrências e ao seu trâmite para o Arquivo Nacional.
Art. 2º O Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), como órgão central do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), é a organização do COMAER responsável
por receber e catalogar os registros referentes a OVNI relatados, em formulário próprio, por usuários dos serviços de controle de tráfego aéreo e encaminhá-los regularmente ao CENDOC.
Art. 3º O Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (CENDOC) é a organização do COMAER responsável por copiar, encadernar, arquivar cópias dos registros encaminhados pelo COMDABRA e enviar, periodicamente, os originais ao Arquivo Nacional.
Art. º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º Revoga-se a Nota No C-002/MIN/ADM, de 13 de abril de 1978 e o Aviso No S-001/MIN, de 28 de fevereiro de 1989.
Ten.-Brig. do Ar JUNITI SAITO




Aeronáutica vai catalogar ET avistado no céu do País



Portaria garante que registros ficarão disponíveis para consulta no Arquivo Nacional



Brasília - A aparição de objetos voadores não identificados (Ovnis) no espaço aéreo brasileiro passou a ser oficialmente registrada pelo Comando da Aeronáutica. Portaria publicada ontem no Diário Oficial da União orienta pilotos civis e militares, controladores e demais usuários dos serviço de controle de tráfego aéreo nacional a repassar ao Comando de Defesa Aeroespacial, em Brasília, seus relatos e provas documentais a respeito dos Ovnis e demais aparições extraterrestres.


Tudo que for visto, fotografado ou filmado na imensidão do céu brasileiro (8,5 milhões de quilômetros quadrados ou 34 vezes o tamanho do Reino Unido) e nos 13,5 milhões de quilômetros quadrados sobre o mar nacional será catalogado, copiado e encadernado. O material vai ficar arquivado no Centro de Documentação e Histórico da Força Aérea (Cendoc), no Campo dos Afonsos, na Zona Oeste.

De quando em quando e sem prazo definido, a Aeronáutica vai encaminhar os documentos originais sobre os Ovnis do Cendoc para o Arquivo Nacional, com unidades no Rio e em Brasília. Será nestas unidades que o material poderá se consultado por pesquisadores e demais interessados em relatos sobre seres extraterrestres (ETs) e discos voadores.

FAB NÃO PASSARÁ A PROCURAR OVNIS

Assinada pelo respeitado e discreto comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, a Portaria 551/GC3, com data de 9 de agosto, ressalva que caberá à Força Aérea apenas registrar os relatos, em formulário próprio.

Em nota oficial encaminhada a O DIA, a Força Aérea deixou claro que não passará a procurar Ovnis nos céus do Brasil. “Cabe ressaltar que o Comando da Aeronáutica não dispõe de uma estrutura especializada para realizar investigações científicas a respeito desses fenômenos aéreos, restringindo-se ao registro de ocorrências e ao seu trâmite para o Arquivo Nacional”, informou a Força na nota encaminhada pelos oficiais do centro de comunicação social, destacando que a meta é oferecer “à sociedade acesso” a documentação que for registrada na Aeronáutica.

12.800 HOMENS DE OLHO NOS CÉUS


Tal documentação não deve ser desprezada. Apenas no Sistema de Controle do Espaço Aéreo estão mobilizadas 12.800 pessoas, todas com olhar sobre os céus do Brasil. Somam-se a esse grupo pilotos dos voos comerciais, dos voos militares, das ações de ensaio de voo, os encarregados pelo lançamentos de sondas e foguetes e até os militares empenhados nos treinamento de tiros antiaéreos.

Para esse grupo, a portaria surpreendeu por dar transparência ao processo de registro e se comprometer a torna-los públicos e à disposição da sociedade civil. “Documento reservado da FAB já dava orientações para o pessoal militar de como registrar os casos aparição de de objetos voadores não identificados, mas não se falava em envio para o Arquivo Nacional”, explicou militar lotado no controle de tráfego aéreo. “Internamente há relatos de ministros e até de um presidente que viu um Ovni”, acrescenta um controlador aéreo civil, que trabalha no Rio de Janeiro.

“Essa portaria vem com um atraso de seis décadas. Data dos anos 50 o Projeto Livro Azul, do governo norte-americano, com esse mesmo propósito: registrar casos de discos voadores”, avalia oficial superior da FAB. “Mas aqui, como lá, o simples fato de colher registros não representará uma prova de existência extraterrestre”, completa.

Nos anos 70, relatos de ataque ET no Pará

Entre setembro e dezembro de 1977, oficiais da Força Aérea realizaram buscas no município paraense de Vigia, em plena selva amazônica, depois que moradores da região relataram ter sido atacados por supostas naves extraterrestres, cujos raios luminosos causavam queimaduras de 1º grau, tonturas, dor de cabeça e tremores, além de sugar-lhes o sangue — o fenômeno conhecido como ‘chupachupa’. A Operação Prato colheu relatos de 130 avistamentos de Ovnis, por militares e civis, além de 500 fotografias e 16 horas de filmagem. Em 1997, meses antes de morrer, o coronel Uyrangê Lima, que chefiou a operação, deu entrevistas em que confirmava ter visto Ovnis do tamanho de um avião.

Cidade mineira foi palco de mistério em 1996

NOITE DOS OVNIS: Em 19 de maio de 1986, caças da FAB tentaram interceptar objetos não identificados que sobrevoavam os céus do Rio e de São Paulo. Pelo menos 21 objetos foram captados pelos radares e alguns chegaram a ser acompanhados pelos caças.Segundo testemunhos de pilotos da missão, os Ovnis voavam a velocidades de 250 a 1.500 km/h. O episódio ficou conhecido como ‘A Noite Oficial dos Ovnis’.


ET DE VARGINHA: Em 20 de janeiro de 1996, bombeiros da cidade mineira foram acionados para capturar duas criaturas que haviam sido vistas num parque e teriam aparência ‘estranha’, com olhos grandes e vermelhos, pele marrom e protuberâncias na cabeça. Após capturados, os ‘bichos’ teriam sido levados para a Escola de Sargentos do Exército, que não tece comentário sobre o caso.

Reportagem de Alessandro Ferreira e Marco Aurélio Reis

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