domingo, 31 de outubro de 2010

'Terras' fora do Sistema Solar podem ser comuns

Cientistas da Universidade da Califórnia, na cidade norte-americana de Berkeley, afirmam que planetas com o tamanho da Terra podem ser comuns fora do Sistema Solar. Os astrônomos Andrew Howard e Geoffrey Marcy, juntos a outros pesquisadores, publicaram os resultados de estudo sobre o tema na revista Science nesta sexta-feira (29).

Segundo os estudiosos, um em cada quatro estrelas parecidas com o Sol podem contar com astros girando ao seu redor, com massas entre 5 até 30 vezes a do "Planeta Azul". As estimativas mais aceitas na comunidade científica trabalham com chances mais remotas como uma estrela a cada 100. No estudo, foram considerados 33 planetas, que circulam 22 estrelas.





 
 
 
 
 
 
Durante a pesquisa, os astrônomos focaram a atenção em um total de 166 estrelas a até 80 anos-luz do Sistema Solar. Um ano-luz é a distância percorrida pelo raio de luz durante um ano, com velocidade de aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo - a medida equivale a cerca de 9 trilhões de quilômetros.

Os pesquisadores procuraram por abalos na órbita das estrelas, do tamanho do Sol ou tipos menores conhecidos como anãs-laranjas, causados por planetas entre 3 até 1.000 vezes o volume da Terra.

Descobriram que 1,6% dos "sóis" contavam com companheiros sem luz própria do tamanho de Júpiter. Doze por cento tinham planetas de três até dez vezes a massa da Terra, os menores possíveis de serem detectados.

Os dados coletados pelos cientistas de Berkeley mostram que astros do tamanho de Netuno ou menores podem ser mais comuns que gigantes como Júpiter.

"Se pegarmos 100 estrelas como o Sol, um ou dois planetas vão ter o tamanho de Júpiter, quase seis teriam o volume de Netuno e cerca de 12 seriam quase como a Terra", diz Howard. "Nós arriscamos dizer que a estimativa para astros com apenas 1,5 e duas vezes o tamanho do nosso planeta é de 23% para cada centena de estrelas."

Durante o levantamento, os astrônomos também catalogaram 12 novos exoplanetas, a serem confirmados pela comunidade científica. Caso sejam validados, a equipe terá ligado 45 planetas em órbita de 32 estrelas.


Exoplanetas

A agência nacional norte-americana mantém um programa conhecido como Missão Kepler com o objetivo de detectar novos planetas fora do Sistema Solar. Howard e Marcy esperam combinar os dados da pesquisa com novas informações enviadas pela sonda lançada em 6 de março de 2009, com o foguete Delta 2.

Ao invés de focar na estimativa da massa dos planetas, a Kepler consegue medir o diâmetro do planeta com boa precisão. A meta é pesquisar 156 mil estrelas de fraco brilho aparente, coletando dados de 120 a 260 "Terras". Esses astros estariam orbitando cerca de 10 mil do total de estrelas pesquisado.

Normalmente, astrônomos só detectam planetas muito próximos às estrelas, o que representa um potencial para outros astros do tamanho da Terra surgirem, a distâncias maiores, incluindo a faixa dos 150 milhões de quilômetros que afastam o nosso planeta do Sol.

Outro objetivo é encontrar candidatos a uma distância conhecida como "goldilocks", nas quais os planetas estariam nem tão longe, nem tão perto da fonte luminosa, podendo conter água líquida na superfície. Essa é uma das condições mais procuradas por cientistas, já que pode indicar um local favorável para o desenvolvimento de seres vivos.

G1 lista 10 cidades ideais para observar as estrelas


Para quem quer descansar e aproveitar o feriado sem percorrer grandes distâncias, observar estrelas pode ser uma atividade prazerosa. Há quem pense que é preciso ir longe, ou que não há muito que se ver, mas o fato é que cidades do interior são ótimos pontos para observação amadora e há diversas constelações e planetas que podem ser vistos a olho nu nesta época do ano, sem a necessidade de equipamentos ópticos.

“As pessoas costumam olhar rapidamente para o céu, e não têm paciência para perceber o que está lá. Nesta época do ano, por exemplo, é possível ver Vênus e Júpiter, no começo da noite. São objetos muito brilhantes, evidentes e fáceis de serem identificados”, diz o astrofísico Carlos Henrique Veiga, chefe da Divisão de Atividades Educacionais do Observatório Nacional.

Além desses objetos, outras constelações podem ser vistas em todo o país em novembro, segundo levantamento feito pelo Observatório a pedido do G1. “As mesmas figuras podem ser vistas em todo o país, com pequenas diferenças de horários, já que os planetas têm movimento”, afirma Veiga.

Segundo o Observatório, com o início da primavera, o chamado “céu de verão” já é visível do meio para o final da noite. O “céu de verão” é o nome que se dá ao conjunto de constelações que estão bem visíveis logo na primeira parte da noite.

Mas, mesmo para "simplesmente" observar as belezas da natureza, é importante seguir algumas dicas para garantir que as constelações e planetas sejam mesmo vistos a olho nu. Para ajudar na busca pelo lugar ideal, o G1 destacou 10 cidades que se enquadram nas orientações de especialistas, seguindo, principalmente, o primeiro critério fundamental: estar a mais de 50 km de grandes centros urbanos.

"A luminosidade é a grande vilã dos astrônomos, então deve-se evitar lugares com muita luz artificial e dar preferência a ambientes mais escuros. Qualquer interior de grande cidade poderia ser usado como ponto de observação. A ideia é sair da luz das grandes cidades", afirma o astrofísico Veiga.

Mesmo distantes dos grandes centros e de áreas industriais, já que a poluição também prejudica a visibilidade na hora da observação, cidades litorâneas, próximas a praias ou até mesmo a rios e lagos, devem ser evitadas devido à grande quantidade de nuvens.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cientistas afirmam ter encontrado 1ª evidência de matéria escura

Dois astrônomos norte-americanos afirmam ter obtido evidências que confirmam, pela primeira vez, a existência de matéria escura, substância que os cientistas acreditam compor a maior parte do Universo. Até o momento, não há provas que a substância exista, embora os especialistas apostem na possibilidade pela influência exercida na matéria visível. As informações são do site LiveScience.

Dan Hooper, da Universidade de Chigago e do laboratório de aceleração de partículas Fermilab, e Lisa Goodenough, da Universidade de Nova York, disseram ter encontrado sinais da destruição de partículas de matéria escura, detectados a partir de explosões gigantes na região do centro da Via Láctea.

Os dados coletados foram enviados à revista Physics Review Letters B e aguardam a revisão de outros físicos e astrônomos, costume comum em publicações científicas para confirmar os estudos antes de serem publicados.

"Nada que nós tentamos chegou perto de explicar os resultados das observações que fizemos, com exceção da matéria escura", afirma Hooper. "É sempre difícil ter certeza se você não se esqueceu de nenhuma hipótese, mas, até agora, conversei com muitos especialistas e não escutei nenhuma alternativa mais plausível."

Segundo os pesquisadores, as observações mostram que a matéria escura seria composta por partículas conhecidas como WIMPs, com massas estimadas entre 7,3 e 9,2 GeV (giga elétron-volt), valores quase nove vezes maiores que a massa de um próton.

23% da matéria do Universo

Criada em 1930, a teoria da matéria escura surgiu como uma explicação para a velocidade de estrelas e galáxias, que deveria ser motivada por uma quantidade muito maior de matéria do que a visível.

Do universo como um todo, 72% é energia escura, 23% é matéria escura e quase 5% matéria visivel. Portanto, a matéria visível (ou bariônica dos átomos e moléculas) representa cerca de 20% do total de matéria do universo, explica o astrônomo Cássio Barbosa, colunista do G1.

"É o maior acontecimento com relação à materia escura desde que nós descobrimos que ela existe," diz Hooper. "Até nenhuma explicação alternativa surgir, sim, eu acho que nós finalmente encontramos."

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Hartley 2 pode provocar surgimento de nova chuva de Meteoros

Este mês, o cometa Hartley 2 trouxe uma boa surpresa e um show para os astrônomos amadores. Um cometa verde com cauda de poeira avermelhada está sendo observado através de pequenos telescópios, e pela Deep Impact da NASA / sonda EPOXI  que está prestes à enviar  imagens dramáticas de seu vôo rasante sobre o núcleo do cometa em 04 de novembro.

Cometa 103P/hartley 2 fotografado em 20 de outubro por Mike Broussard de Maurice, Louisiana.








Entretanto, uma outra faceta está chamando a atenção dos astrônomo: Poderia este cometa produzir uma chuva de meteoros?

 Dois Bólidos observados pelas câmeras da NASA


"Provavelmente não", diz Bill Cooke do Escrtiório de Meteoroides da  NASA, mas vimos algo que me faz pensar. "


Em 16 de outubro, as câmeras NASA flagraram um par de bolas de fogo incomuns cruzando o céu noturno sobre Alabama e Geórgia. Eram brilhantes, lentas  - e aqui está o que tornou incomum - estranhamente HÁ UMA SEMELHANÇA COM UMA OUTRA bola de fogo que passou NO leste do Canadá cinco horas antes. A bola de fogo canadense foi gravada por um outro conjunto DE câmeras operadas pela University of Western Ontario (UWO). Como as bolas de fogo foram registrados por várias câmeras, foi possível triangular a sua posição e DEDUZIR suas órbitas antes que eles atinGISSEM a Terra. Isto levou a uma conclusão notável:

"As órbitas das duas bolas de fogo eram muito similares", diz Cooke. "É como se viessem de um fonte comum."

Há um candidato situado há apenas 11 milhões de quilômetros de distância: o pequeno, mas ativo cometa Hartley 2, que está fazendo um das maiores aproximações à Terra de um cometa nos últimos séculos. Acontece que as órbitas das duas bolas de fogo não só foram semelhantes entre si, mas também mais ou menos semelhante à órbita do cometa. Além disso, meteoros do cometa Hartley seria de esperar que atingem a atmosfera da Terra a uma velocidade relativamente lenta - assim como as duas bolas de fogo fizeram.

Corrêa salienta que esta poderia ser uma coincidência. "Milhares de meteoróides atingem a atmosfera da Terra a cada noite.
Mesmo assim, ele pretende manter-se atento para as noites seguintes, especialmente em 02 de novembro e 3. Nesta data é quando uma chuva de meteoros potencial Hartley-id seria mais intensa, segundo cálculos de especialista em meteoros Peter Brown, da UWO.
O cometa esteve mais próximo à Terra em 20 de outubro, mas isso não é necessariamente o momento que há o pico de uma chuva de meteoros. Corrêa explica: "O cometa tem sido poeira espacial por milhares de anos, deixando para trás de si uma nuvem que é muito maior do que ele mesmo, e sob a pressão da radiação solar e encontros planetários, esta nuvem de poeira não se afasta muito, apenas o suficiente. para tornar a data do chuveiro diferentes a partir da data de maior aproximação do cometa. "

Se houver uma chuva associada ao Hartley será na Constelação de Cisne e visível para observadores do hemisfério Norte no início de novembro.

"Definitivamente vou ficar com nossas câmeras ligadas", diz Cooke. "Provavelmente vai ser um surpresa. Nós podemos descobrir uma chuva de meteoros totalmente nova."

Novo plano para Nasa redefine destino da exploração espacial

 
A aposentadoria dos ônibus espaciais acontece no momento conturbado para a Nasa, em que o presidente dos EUA, Barack Obama, apresenta um novo plano para a agência e estabelece novas balizas para o Programa Espacial Americano.

O plano surge sob a promessa de ajudar a recuperar a economia do país e de revolucionar a exploração do espaço com voos tripulados mais baratos, duradouros, velozes e seguros. Para isso, estabelece o cancelamento do Programa Constellation, que levaria os americanos de volta à Lua, o aumento de U$ 6 bilhões no orçamento da Nasa para os próximos cinco anos e a transferência da construção de espaçonaves para a iniciativa privada.

O objetivo do pacote é aquecer a indústria aeroespacial, criar empregos, reduzir os custos das viagens ao espaço e apressar o desenvolvimento de tecnologias de ponta. O plano tem por meta, ainda, abrir caminho para que a Nasa reassuma sua função primordial - esquecida há algumas décadas - de realizar pesquisas científicas e promover inovação, conforme ressaltou Obama no discurso de pronunciamento da proposta.

Apesar do tom otimista do anúncio, as novas diretrizes foram recebidas com pouco entusiasmo. O cancelamento do Constellation implica a perda de cinco anos de testes e de U$ 9 bilhões já investidos no programa. Já a terceirização das espaçonaves suscita dúvidas sobre o preparo da indústria privada para assumir essa responsabilidade.

Causas
A decisão de cancelar o Constellation foi motivada principalmente pela inviabilidade do projeto. À pedido da administração de Obama, uma comissão avaliou o programa e chegou a conclusões nada animadoras: o orçamento havia estourado, o cronograma estava atrasado e o projeto era pouco inovador.


Desse diagnóstico nasceu a necessidade de estabelecer uma nova estratégia para a Nasa, que garantisse o futuro da viagem espacial americana, mas fosse compatível com a atual condição financeira do país.

José Bezerra Pessoa Filho, tecnologista sênior do Instituto de Aeronáutica e Espaço, adverte que é preciso analisar o plano de Obama com um olhar mais critico. Para ele, o que o presidente americano apresenta como “nova visão para a exploração espacial no século 21” seria apenas uma saída menos vexatória para suas decisões, já que indústrias comerciais, sobretudo aquelas ligadas ao setor de defesa dos EUA, trabalham no Programa Espacial Americano desde o início.

“O que ele [Obama] pretende é fazer com que novos atores entrem nesse mercado, sob a alegação de que isso deve baratear os custos de desenvolvimento. Lá, como aqui, volta-se ao debate de que a iniciativa privada pode fazer melhor e mais barato do que o governo. Certamente, tais expectativas são fundadas na realidade americana, sendo difícil contestá-las”.

Duília de Mello, pesquisadora brasileira do Centro de Vôo Espacial Goddard da Nasa, também não vê o envolvimento da iniciativa privada como grande novidade ou como ameaça ao programa espacial. “A Nasa já terceiriza a maioria das missões e trabalha lado a lado com a indústria americana. Mas o que está faltando agora é uma lista de prioridades antes de abrir concorrência. A segurança com certeza estará entre elas”, afirma.

Principais aspectos do plano de Obama

1 - Acréscimo de U$ 6 bilhões ao orçamento da Nasa para os próximos cinco anos
2 - Cancelamento do Programa Constellation, que previa a construção dos foguetes Ares e da nave tripulada Orion para levar o homem de volta à Lua
3 - Criação de 2.500 postos de trabalho até 2012
4 - Utilização dos recursos da Nasa para estimular o setor privado a desenvolver novas tecnologias e naves espaciais
5 - Apresentação do projeto de um novo foguete propulsor até 2015 e de um novo veículo tripulado para exploração espacial até 2025
6 - Extensão do tempo de operação da ISS por mais 5 anos, garantindo seu funcionamento até 2020
7 - Aproveitamento de parte do que já foi feito no Constellation para produzir uma versão reduzida da nave Orion, que sirva como veículo de escape da ISS em situações de emergência
8 - Realização de missões robóticas precursoras para fazer demonstrações tecnológicas e um reconhecimento prévio dos locais a serem explorados
9 - Envio de astronautas para um asteroide pela primeira vez na história entre 2025 e 2030
10 - Envio de astronautas para a órbita de Marte por volta de 2030

Missão à Asteróide é mais arriscada do que ida à Lua


A chegada do homem à lua foi uma conquista imensa. Agora, o presidente deu à Nasa uma tarefa ainda mais difícil, com certa qualidade hollywoodiana: enviar astronautas a um asteroide, uma rocha gigante em velocidade, daqui a apenas 15 anos.
Especialistas espaciais dizem que essa viagem poderia levar muito mais meses do que a viagem à lua e apresentar perigos muito maiores. "É realmente a coisa mais difícil que podemos fazer", disse Charles Bolden, administrador da Nasa.
Uma viagem a um asteroide pode fornecer treinamento vital para uma missão futura a Marte. A missão ajudaria a desvendar segredos sobre como nosso sistema solar se formou. E também poderia dar à humanidade o know-how para realizar algo que foi feito apenas em filmes por alguns heróis estrábicos de queixo quadrado: salvar a Terra de uma colisão com um asteroide mortal.
"Poderíamos salvar a humanidade. Vale a pena, não?", disse Bill Nye, consultor científico televisivo e vice-presidente da Planetary Society. O presidente Barack Obama esboçou a nova orientação da NASA durante uma visita ao Kennedy Space Center, na quinta-feira.
"Até 2025, esperamos que uma nova espaçonave projetada para longas viagens possibilite que iniciemos as primeiras missões tripuladas a lugares além da lua no espaço profundo", ele disse. "Vamos começar enviando astronautas a um asteroide pela primeira vez na história."
No dia em que o presidente anunciou a meta, a força-tarefa da Nasa, composta por cientistas, engenheiros e ex-astronautas, se reuniu em Boston para trabalhar num plano com o intuito de proteger a Terra de uma colisão catastrófica com um asteroide ou cometa.
A Nasa acompanha quase sete mil objetos próximos à Terra com diâmetro maior do que alguns metros. Desses, 1.111 são "asteroides potencialmente perigosos". Objetos maiores do que 1 km são grandes aniquiladores e atingem a Terra a cada algumas centenas de milhares de anos. Os cientistas acreditam que um asteroide com cerca de 9,5 km de diâmetro levou os dinossauros à extinção 65 milhões de anos atrás.
Aterrissar num asteroide e mudar seu curso no tempo preciso "iria demonstrar de uma vez por todas que somos mais inteligentes que os dinossauros e conseguimos evitar o que eles não conseguiram", disse o conselheiro científico da Casa Branca John Holdren.
Especialistas não têm em mente nenhum asteroide em particular para a viagem ao espaço profundo, mas existem algumas dúzias de candidatos, a maioria dos quais localizados até oito milhões de quilômetros da Terra. Isso é o equivalente a 20 vezes a distância da lua, que em média se localiza a cerca de 384 mil quilômetros da Terra.
A maioria dos asteroides candidatos tem menos de 400 metros de diâmetro. A lua tem cerca de 3.476 km de diâmetro. A viagem a um asteroide poderia fornecer pistas sobre a formação do sistema solar, porque os asteroides são essencialmente fósseis de 4,6 bilhões de anos, quando os planetas começaram a se formar, disse Don Yeomans, gestor do programa de Objetos Próximos à Terra do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.
E uma missão a um asteroide poderia ser um treinamento em solo para Marte, dada a distância e o ambiente desconhecido. "Se os humanos não conseguirem chegar a objetos próximos à Terra, eles não conseguirão chegar à Marte", disse o professor de astronáutica do MIT, Ed Crawley. Além disso, os asteroides contêm substâncias como hidrogênio, carbono, ferro e platina, que podem ser usadas por astronautas para produzir combustível e equipamentos - habilidades que também seriam necessárias numa visita a Marte.
Enquanto a Apolo 11 levou oito dias para chegar à lua e voltar à Terra em 1969, uma viagem de ida e volta típica a um asteroide próximo à Terra duraria cerca de 200 dias, Crawley disse. Isso exigiria uma nova propulsão e tecnologia de suporte de vida. E também seria mais arriscado. Abortar a missão numa emergência também deixaria as pessoas presas no espaço por várias semanas.
A agência espacial talvez precise desenvolver habitações especiais, escudos contra radiação ou outras novas tecnologias para permitir que os astronautas vivam no espaço profundo por tanto tempo, disse Bobby Braun, chefe de tecnologia da Nasa.
Embora um asteroide esteja mais distante que a lua, a viagem usaria menos combustível e seria mais barata porque o asteroide não tem gravidade. O foguete que levar os astronautas de volta para casa não teria que gastar combustível para escapar da força gravitacional do asteroide.
Por outro lado, por causa dessa falta de gravidade, a nave espacial não aterrissaria com segurança no asteroide, pois ricochetearia na superfície. Assim, seria necessário pairar próximo ao asteroide, e os astronautas teriam que se lançar ao espaço em direção à superfície, disse Yeomans.
Ao chegar lá, eles precisariam de uma combinação de mochilas propulsoras, estacas ou redes que lhes permitissem caminhar sem oscilar na superfície do asteroide ou flutuar para longe, ele disse. "É preciso algo para segurar você em solo", Yeomans explica. "Você se lançaria ao espaço cada vez que desse um passo."
Apenas o fato de estar lá poderia ser extremamente desorientador, disse o cientista planetário Tom Jones, copresidente da força-tarefa da Nasa para proteção da Terra de objetos perigosos. A rocha seria tão pequena que o sol daria voltas pelo céu e o horizonte teria apenas alguns metros de extensão. A oito milhões de quilômetros de distância, a Terra se pareceria com um mero projétil no céu. "Estar num asteroide é estar um ambiente estranho e desconhecido", Jones disse.
Mas Jones, ex-astronauta, disse que isso não impediria os astronautas de competir para fazer parte da missão: "Temos muitas pessoas entusiasmadas em relação à exploração de um mundo antigo e desconhecido."

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Cometa Hartley 2 continua repercutindo na Imprensa

Meteoro, meteoritos ou meteoróides???

Quem nunca cometeu um erro para não ser corrigido? Quem é tão sábio para não cometer nenhum erro?
Recentemente, fui duramente corrigido por uma pessoa que pensa ser a maior autoridade astronômica do planeta. E logo num assunto, para o qual não há uma definição unânime. Trata-se do uso do termo “Cratera de Meteoro”, utilizada por mim no programa “Espaço Aberto” da Globonews sobre o Tema “Crateras do Brasil”.
O mais interessante, que a correção utilizou-se do Wikipédia e não de um tratado científico publicado por um astrônomo profissional de renome internacional.
Vejamos o que a Wikipédia define (sem citar autores)
Meteoro designa o fenômeno luminoso observado quando da passagem de um meteoróide pela atmosfera terrestre. Este fenômeno que pode apresentar várias cores, que são dependentes da velocidade e da composição do meteoróide, um rastro, que pode ser designado por persistente, se tiver duração apreciável no tempo, e pode apresentar também registro de sons. Um meteoro é também por vezes designado de estrela cadente.
A aparição dos meteoros pode-se dar sob duas formas: uma delas são as designadas "chuvas de meteoros" ou "chuva de estrelas cadentes" ou simplesmente "chuva de estrelas", em que os meteoros parecem provir do mesmo ponto do céu noturno, denominado de radiante. Outra forma é a de "meteoros esporádicos"
Existem dois tipos de meteoros que se destacam pela sua espectacularidade: as Bolas de Fogo e os Bólides
Meteoroides são fragmentos de materiais que vagueiam pelo espaço e que, segundo a International Meteor Organization (Organização Internacional de Meteoros), possuem dimensões significativamente menores que um asteroide e significativamente maiores que um átomo ou molécula, distinguindo-nos dos asteroides - objetos maiores, ou da poeira interestelar - objetos micrométricos ou menores.
Os meteoróides derivam de corpos celestes como cometas e asteróides e podem ter origem em ejeções a de cometas que se encontram em aproximação ao sol, na colisão entre dois asteróides, ou mesmo ser um fragmento de sobra da criação do sistema solar. Ao entrar em contacto com a atmosfera de um planeta, um meteoróide dá origem a um meteoro.
Meteoróides que atingem a superfície da Terra são denominados meteoritos.
Um meteorito é a denominação dada quando um meteoróide, formado por fragmentos de asteróides ou cometas ou ainda restos de planetas desintegrados, que podem variar de tamanho desde simples poeira a corpos celestes com quilômetros de diâmetro, alcançam a superfície da Terra, pode ser um aerólito(rochoso), siderito (metálico) ou siderólito (metálico-rochoso).

Composição
Ao contrário dos meteoros (popularmente chamados de estrelas cadentes), os meteoritos que atingem a superfície da Terra não são consumidos completamente pelo fogo decorrente do atrito da atmosfera. Os mais comuns não contêm misturas de elementos, sendo compostos por côndrulos, podendo também conter partículas de ferro. Os condritos carbonácios podem conter moléculas complexas de hidrocarbonetos. Os meteoróides são corpos no espaço que ainda não atingiram a atmosfera terrestre.
Os meteoritos metálicos são constituídos por ferro (aproximadamente 85%) e níquel (aproximadamente 14%), podendo conter outros elementos em menor proporção. São também designados de sideritos.
Além desses, ainda existem os meteoritos ferro-rochosos, que são uma mistura da liga de ferro-níquel (50%) e outros minerais (50%).
Meteoritos Encontrados
O maior conhecido é o Hoba West, foi encontrado próximo de Grootfontein, Namíbia tem 2,7 m de comprimento por 2,4 m de largura e peso estimado de 59 toneladas.
O maior em exibição em um museu é o Cabo York que pesa aproximadamente 30 toneladas, foi encontrado perto de Cabo York, Groenlândia em 1897 pela expedição de Robert Peary e está no Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
No Brasil o maior meteorito encontrado é o chamado Pedra de Bedongó, que caiu no sertão da Bahia em 1784 e está exposto no Museu Nacional, no Rio de Janeiro desde 1888. Em junho de 2010, um condrito caiu na zona rural do município de Varre-Sai, no estado do Rio de Janeiro.[1]
Então, em bom português o que ocorre é que um meteoróide passa pela atmosfera na forma de Meteoro e atinge a terra como um meteorito.
Distantes do público pelo discurso científico técnico e pelo ofício, alguns profissionais são muito presos à termos técnicos que confundem as pessoas. Já nós, os amadores, tentamos trazer a astronomia bem próxima do público, utilizando termos aceitos na maioria das publicações e sites especializados.

 Site www.meteorcrater.com que mostra os dois termos: "Meteor Crater" e "Meteorite Crater". 










Site www.geology.com mostra "Meteor Craters" ao redor do Mundo.


















Assim sendo... eu vou continuar chamando os "buracos" feitos por "estrelas cadentes" de Crateras de Meteoros... e tenho dito...

Organização astronômica europeia oferece tour virtual por observatórios

A Organização Europeia para Pesquisa Astronômica no Hemisfério Sul (ESO, na sigla em inglês) oferece em seu site tours virtuais por algumas de suas principais instalações, como o Observatório de La Silla, no Chile. A ESO é uma das principais organizações da astronomia do mundo.














Neste ano, a possibilidade de o Brasil integrar os projetos da ESO – dando ao país acesso a grandes telescópios – dividiu a comunidade científica nacional, suscitando polêmica em torno do custo da iniciativa, que poderia superar R$ 1 bilhão nos próximos 20 anos.

Em fevereiro, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, escreveu para a cúpula da entidade dizendo que o país estava "profundamente interessado" em se juntar ao grupo de 14 países europeus. A proposta revoltou parte da comunidade astronômica brasileira, segundo informações da Agência Estado.
A ESO é responsável pela construção e operação de vários telescópios de grande porte nos Andes chilenos. Entre eles, o Very Large Telescope (VLT), um conjunto de quatro telescópios de 8 metros de diâmetro que podem funcionar como um enorme telescópio de 32 metros. O grupo vai construir também no Chile o European Extremely Large Telescope (ELT), o maior telescópio do mundo.

Ao entrar para a organização, o Brasil ganharia acesso a esses instrumentos. Hoje, o país é sócio de dois grandes telescópios no Chile, chamados Soar (de 4 metros) e Gemini (8 metros), não ligados à ESO.

Entrada do Brasil em grupo astronômico cria polêmica

A possibilidade de o Brasil entrar para uma das principais organizações da astronomia divide o meio científico nacional. Em fevereiro, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, escreveu para a cúpula do European Southern Observatory (ESO) dizendo que o País estava "profundamente interessado" em se juntar ao grupo de 14 países europeus. A proposta revoltou parte da comunidade astronômica brasileira.

"É um absurdo, uma irresponsabilidade", diz João Steiner, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ele, a participação na ESO custaria ao Brasil R$ 1,24 bilhão nos próximos 20 anos, o que comprometeria a continuidade de projetos nacionais importantes em curso - além de ser incompatível com a realidade orçamentária brasileira.
"Parece-me inconcebível concordar que um país ainda em desenvolvimento pague essa quantia de dinheiro para países desenvolvidos fazerem boa ciência", diz Steiner, em uma longa carta de protesto enviada ao ministro Rezende no início deste mês.
A ESO é responsável pela construção e operação de vários telescópios de grande porte nos Andes chilenos. Entre eles, o Very Large Telescope (VLT), um conjunto de quatro telescópios de 8 metros de diâmetro que podem funcionar como um enorme telescópio de 32 metros. Na semana passada, o grupo anunciou que vai construir também no Chile o European Extremely Large Telescope (ELT), o maior telescópio do mundo.
Ao entrar para a organização, o Brasil ganharia acesso a esses instrumentos. Hoje, o País é sócio de dois grandes telescópios no Chile, chamados Soar (de 4 metros) e Gemini (8 metros), não ligados à ESO.
Steiner teme que o custo de entrar para a ESO desvie recursos e prioridades desses projetos, essenciais para a astronomia brasileira.

Segundo o ministro, a participação na ESO custaria, a princípio, cerca de R$ 50 milhões por ano. Um grupo de três especialistas (dois astrônomos e um diplomata) está sendo montado, a pedido da ESO, para negociar os termos (e custos) de uma eventual parceria. "Se quisermos ser competitivos em astronomia precisamos estar ligados a esse grandes projetos internacionais", disse.



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Água da Lua é um recurso utilizável, diz Nasa

Há um oásis rico em água no subsolo que pode sustentar astronautas na Lua, segundo a Nasa. Os cientistas estudaram os resultados completos de uma experiência que lançou um foguete e uma sonda em uma cratera lunar no ano passado. Os impactos espalharam grandes quantidades de rocha e poeira, revelando um fascinante conjunto de compostos químicos e muito mais água do que qualquer um poderia imaginar.


Uma equipe liderada pela Nasa disse à revista Science que cerca de 155 quilos de vapor d'água e gelo escaparam para fora da cratera. A análise dos pesquisadores sugere que o regolito lunar, ou o solo, no lugar do impacto contém 5,6% de seu peso na forma de gelo. "É uma quantidade significativa", disse Anthony Colaprete, do Centro de Pesquisas Ames da agência espacial americana. "Está sob a forma de grãos de gelo. Isso é uma boa notícia, porque o gelo permite que se trabalhe com ele. Você não tem de aquecê-lo muito, basta deixá-lo a temperatura ambiente para tirar a sujeira facilmente."


"Se você pegar apenas 10 quilômetros da região em torno do local do impacto e disser que há 5% de água ali, será o equivalente a 1 bilhão de litros. Não estou dizendo que está lá, mas isso mostra que mesmo em pequenas concentrações há potencial para muita água", disse Colaprete.

A equipe liderada pela Nasa publicou seis artigos na revista americana descrevendo os resultados dos impactos da sonda LCROSS e seu estágio de foguete em 9 de outubro de 2009. O par foi dirigido para o polo sul lunar – a Cratera Cabeus, uma depressão tão profunda e escura que as chances de chacoalhar o gelo por lá era muito boa. O estágio do foguete foi primeiro, seguido alguns minutos depois pela sonda, que reuniu imagens e outros dados pouco antes de também se chocar com a superfície.

Outra sonda, a Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) estava passando por perto. Ela também estudou o material ejetado para a luz do Sol, mais de 15 quilômetros acima da cratera de Cabeus.

O conjunto de instrumentos utilizados naquele dia determinou que 20% da coluna de poeira era formado por compostos voláteis, incluindo metano, amônia, hidrogênio, dióxido de carbono e monóxido de carbono. Além disso, os instrumentos identificaram grandes quantidades de alguns metais, como sódio e mercúrio. Havia até minúsculos traços de prata.

Os cientistas dizem que a água e a mistura volátil poderiam ser restos de impactos de cometas ou asteróides através dos tempos, mas encontraram um número de substâncias químicas bastante complexas. "A missão LCROSS guardou algumas surpresas com implicações significativas para a criação, coleta, transporte e armazenamento de substâncias voláteis sob as sombras do polo sul", disse Peter Schultz, da Universidade Brown. "Abrimos esse armário lunar e descobrimos coisas que não esperávamos. E assim como a Terra possui suas pistas para os climas passados no gelo dos polos, a Lua também tem pistas sobre os impactos do passado e talvez até dos últimos estágios do vulcanismo lunar."

O gelo não tem distribuição uniforme em todo o polo sul. Ao contrário, fica retido em bolsões. Alguns desses oásis estão, como em Cabeus, a temperaturas de até 244 graus negativos. Sob tais condições, o gelo fica armazenado por bilhões de anos. Mas a pesquisa indica que provavelmente exista gelo mesmo em áreas que recebem luz solar durante parte do ano, ainda que enterrado no solo. "Já apelidamos essas novas regiões descobertas de 'áreas de permafrost lunar' e elas são muito extensas", disse o pesquisador David Paige. "Isso pode facilitar futuras explorações humanas e com robôs na busca pela compreensão do gelo lunar, bem como sua potencial utilização como recurso; no lugar de enfrentar o frio e a escuridão dentro de uma sombra permanente eles poderiam escavar em áreas iluminadas pelo Sol e acessar o gelo a uma pequena distância abaixo da superfície."

Lua abriga tesouros como a prata, revela estudo

O solo lunar é mais rico do que se pensava até agora, com vestígios de prata em meio a uma mistura complexa de elementos e componentes encontrados dentro de uma das crateras da Lua, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira (21).
Pesquisadores da Brown University, que analisaram partículas de poeira lunar, obtidas por uma colisão organizada pela Nasa no ano passado, descobriram uma surpreendentemente rica mistura que, além de prata, incluiu água e compostos como hidroxil, monóxido de carbono, dióxido de carbono, amônia e sódio livre.

"Este lugar parece um baú de tesouros de elementos, de compostos que foram liberados por toda a lua, e pararam neste local, em permanente escuridão", afirmou o geólogo da Brown University, Peter Schultz, chefe das pesquisas que serão publicadas em artigo na edição de 22 de outubro da revista "Science".
As partículas lunares foram coletadas quando um foguete da Nasa atingiu a Lua cerca de um ano atrás, dando a cientistas a oportunidade de aprender sobre a composição do solo nos polos da Lua, algo que nunca havia sido examinado.
As descobertas foram feitas pelo Satélite Lunar CRater Observing and Sensing, da Nasa, ou missão LCROSS, um experimento de US$ 79 milhões no âmbito do qual a agência espacial americana enviou um foguete para colidir com a cratera Cabeus, no polo sul lunar.
O foguete acertou a cratera a uma velocidade de 9.000 km/hora, provocando a elevação de uma enorme pluma de material do fundo da cratera, que permaneceu intocado pela luz do sol durante bilhões de anos.
Ao envio do foguete se seguiu, minutos depois, uma nave equipada com câmeras para registrar os efeitos do impacto.
Em novembro do ano passado, a Nasa divulgou os primeiros resultados do experimento, ao anunciar a descoberta de uma "quantidade significativa" de água congelada na lua.
Schultz destacou, em seu estudo, que as missões Apolo, realizadas décadas atrás, já haviam encontrado não apenas vestígios de prata, mas também ouro, na face da Lua voltada para a Terra.
Mas a descoberta de prata na cratera Cabeus sugere que átomos de prata de toda a Lua migraram para os polos.
Schultz advertiu, no entanto, que a relativamente escassa concentração de prata detectada na cratera "não significa que possamos minerar a Lua para extraí-la".

Foto da Lua flagra passagem do Hubble

Uma fotografia casual do disco lunar flagrou a passagem do Telescópio Espacial Hubble.

domingo, 24 de outubro de 2010

Uol Ciência chama Cometa Halley de "Harley"


















Enquanto os sites de notícias não aprenderem a necessidade de assessoria de astrônomo (profissionais ou amadores) para a divulgação de notícias sobre o Espaço, erros grosseiros continuram à ocorrer. Foi o caso do site UOL que publicou o nome do Cometa Halley errado. Ao invês de Halley, publicaram Harley...deve ser porque ouviram falar do Hartley...afinal, tudo começa com H e termina em Y...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"Os Mistérios do Sol" é o novo Programa da Série "De Olho no Céu"


 "Os Mistérios do Sol" - Este é o nome do novo programa "De Olho no Céu" que dá início à uma série de documentários sobre o Nosso Sistema Solar. Com linguagem simples e regional, o episódio trata do novo ciclo solar máximo e das consequências para a vida na Terra. O programa trás também uma novidade, o endereço no twitter @deolhonoceutval, através dele os telespectadores poderão interagir fazendo perguntas, sugestões e concorrer à prêmios.

Com imagens da NASA, ESA e NOAA o programa foi 100% produzido pela TV Ass. Legislativa de Mato Grosso que passará à ser retransmitida via satélite no início de novembro.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

SOHO flagra evaporação de cometa dois dias depois de descoberto















Dois dias depois de ser descoberto pelo astrônomo amador chinês Bo Zhou, um Cometa foi flagrado pela sonda SOHO evaporando-se rumo à colisão com o Sol. Tais cometas são conhecidos como "Rasantes solares". 

Nasa divulga foto de supermancha solar


















A foto acima, divulgada nesta quinta-feira (21) no site da Nasa, a agência espacial americana, mostra a mancha solar 1112, de alta expansão, lançando labaredas ao espaço. Por enquanto, nenhuma das explosões produziu uma substancial ejeção de massa coronal em direção à Terra. Ejeções de massa coronal são “cuspes solares” que se estendem por centenas de milhares de quilômetros na atmosfera externa do Sol, a coroa solar. Mas um grande filamento magnético está cortando o hemisfério sul solar. O filamento é tão grande que abarca uma distância maior que aquela que separa a Terra da Lua.

Ejeções de massa coronal podem causar problemas na Terra. As partículas de energia podem danificar satélites, causar problemas de comunicação e navegação em aviões, interromper o fornecimento de energia em residências e indústrias – e pôr em risco a saúde de astronautas.
Para entender os efeitos da atividade solar sobre a Terra, a Nasa mantém 18 missões de observação da estrela. O último reforço, o Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês), lançado em 11 de fevereiro deste ano, tira fotos detalhadas do Sol a cada 0,75 segundo. A cada dia, envia 1,5 terabyte de informação.

O SDO custou US$ 800 milhões e deve operar no mínimo por cinco anos. Os pesquisadores esperam que, com esse prazo de funcionamento, eles consigam prever o comportamento do astro da mesma forma que meteorologistas conseguem prever o clima da Terra.

Astrônomo amador descobre cometa se separando usando telescópio via internet


Observado com o Faulkes Telescope North operado pelo Las Cumbres Observatory Global Telescope Network
 
Um astrônomo amador britânico capturou imagens de um cometa se despedaçando, com ajuda de um telescópio acessado remotamente no Havaí, nos Estados Unidos.

Em seu computador na região britânica de Wiltshire, na Inglaterra, Nick Howes tirou fotos que mostram o núcleo congelado de um cometa se despedaçando.

Ele controlou o telescópio remotamente por meio do Faulkes Telescope Project, um projeto da universidade britânica de Cardiff que permite que pessoas em qualquer parte do mundo acessem o equipamento via internet.

"Isso mostra o que é possível quando astrônomos amadores conseguem pôr às mãos em telescópios tão poderosos", disse Paul Roche, que coordena o projeto.

  Escolas
O projeto foi criado pela faculdade de Física e Astronomia da universidade para ajudar crianças a estudarem ciências. O projeto oferece acesso remoto a telescópios na ilha de Mauí, no Havaí, e no observatório de Siding Spring, na Austrália.

Astrônomos profissionais devem seguir a descoberta de Howe usando instrumentos como o telescópio espacial Hubble
Com ajuda do telescópio de US$ 10 milhões no Havaí, Howes capturou na quinta-feira passada seis imagens que mostram o pedaço de gelo enorme que se separou do núcleo do cometa C2007 C3.
Um segundo grupo de imagens obtidas no dia seguinte mostrou que o novo fragmento ainda está seguindo o cometa.

"Como o núcleo do cometa tem geralmente dezenas de quilômetros, o fragmento provavelmente é do tamanho de uma montanha, e vai acabar se tornando um pequeno cometa, na medida em que ele for se separando do cometa que o originou", disse Roche.

Espera-se agora que astrônomos profissionais sigam a descoberta de Howe usando instrumentos como o telescópio espacial Hubble.

"Nós esperamos envolver escolas na observação de cometas nas próximas semanas, para que possamos ver o que acontece com esse novo fragmento", disse Paul Roche.

Ele espera que a descoberta anime outros astrônomos a usarem o telescópio para pesquisa e para ajudar com novas descobertas científicas.

No ano passado, outro astrônomo amador, trabalhando com várias escolas britânicas dentro do Faulkes Telescope Project, descobriu o asteroide com a rotação mais rápida do sistema solar. Mais de 200 escolas britânicas usaram os telescópios do projeto para apoio às aulas.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Orionídeas e Hartley 2: Melhor dia será 20 de outubro !!!

No Brasil, observadores amadores podem encontrar a constelação de Orion à partir das 1:20 da madrugada, olhando para a direção Leste. Lá, encontraremos o Radiante da chuva de meteoros que terá máximo previsto para o dia 21 de Outubro.

As Orionídeas produzem cerca de 20 à 40 meteoros por hora.
Com a passagem do Cometa Hartely 2 sendo visíviel a olho nu na constelação de Auriga, teremos um espetáculo ímpar por volta das 00:51(UT)da Manhã  do dia 20 para moradores do Centro Oeste do Brasil. Neste dia, o Ocaso da Lua às 00:50 (UT) e o nascer do Sol às 02:41(UT) dará uma janela de 110 minutos de boa observação.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

NASA acusada de "retocar fotos com Photoshop" para esconder mistérios.


Os teóricos da teoria da conspiração estão alvoroçados sobre a revelação de que uma foto recente da Nasa foi retocada antes de ser liberada para o público. Porém, isso não é novidade, pois a NASA rotineiramente processa imagens para melhorar detalhes ou para permitir a observação de detalhes imperceptívies ao olho humano.

A controvérsia irrompeu na semana passada, quando um teórico da conspiração notou manchas pretas na borda de uma foto que a sonda Cassini da NASA tinha tomado de duas luas de Saturno, Titan e Dione. A alegação: alguém tinha alterado a imagem.

E, de fato alguém tinha. câmera digital da Cassini tira fotos através de três filtros diferentes: vermelho, azul e verde. Estes separado, imagens seqüenciais são posteriormente combinadas para criar uma foto, composto de cores reais.
Toda esta celeuma teve origem quando a Sonda Viking fotografou em 25 de Julho de 1976 uma “Face em Marte”. Na época, a NASA arquivou a imagem classificando de “non sense” (sem sentido). A história só veio à público após um dos cientistas da missão ter sido despedido e contar toda a verdade para o The New York Times.
Para colocar mais pimenta nesta história, o Dr. Richard C. Hoagland. Ex-Cientistas da NASA, ele afirma que inúmeras imagens necessitam de maiores explicações. Veja algumas:

 Pirâmides fotogradas pela Spirit...





 Marcas recentes de erosão por líquido (seria água???)













Monolito na Lua Phobos...

















 Ferro velho marciano???












 Vegetação marciana???

Meteoros do Halley à caminho da Terra !

Todos os anos, quando a Terra "cruza" com a órbita do Cometa de Halley, milhares de pequenas partículas são atraídas até o nosso planeta. Trata-se dos Meteoros que causam a conhecida chuva Orionídeas. Elas recebem este nome, pois o radiante (ponto de onde parecem partir os meteoros) está localizada na Constelação de Órion. 

O Halley cruza o plano orbital a órbita da Terra (a eclíptica) em 1,2 unidades astronômicas (UA) da distância do Sol (a órbita da Terra tem uma média de raio de 1 UA), para as partículas ejectadas do cometa estão demais longe da órbita da Terra para causar chuvas do meteoros. No entanto, a ação gravitacional de Júpiter, o planeta com mais massa do Sistema Solar, tem a órbita do enxame de partículas para evoluir até atingir as proximidades da Terra, dando origem a chuvas como as Orionídeas. Esse processo leva tempo, porém: nenhum das Orionídeas que observamos hoje foi ejetada de Halley a 2,000 anos atrás. 




Hartley 2 vira manchete na Imprensa Cuiabana

Cometa poderá ser visto em Cuiabá

RENÊ DIÓZ
Da Reportagem
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=381304

Além da expectativa por chuva, agora é a passagem de um raro visitante que deve fazer voltarem os olhos dos cuiabanos ao céu neste final de outubro. Por volta do dia 20, às 3h30 (já no horário de verão), o cometa Hartley 2 deverá se aproximar do Sol e passar pela Terra pela quarta vez, segundo alguns estudos. O fenômeno, raro, tem chances de ser uma aparição espetacular na cidade.


O Hartley 2 é tecnicamente denominado 103P/Hartley 2 (não confundir com o célebre cometa Halley) e foi descoberto em março de 1986 pelo astrônomo australiano Malcolm Hartley. É considerado um corpo celeste “novo” de acordo com as escalas gigantescas da astronomia. De acordo com esta mesma escala, o Hartley 2 deverá ficar bem pertinho da Terra nesta passagem, a 17,5 milhões de quilômetros. “É ali na esquina”, brinca o astrônomo amador Eduardo Baldaci, residente em Cuiabá e membro da Saturn Observation Campaign da NASA-JPL.

Segundo Baldaci, é possível que o Hartley promova um feixe de luz vistoso no céu, pois é um corpo celeste relativamente novo. Cometas, ele explica, são corpos de 1,5 a 3 Km de diâmetro, em forma de uma batata. São constituídos de elementos que deram origem à maior parte do Universo – dióxido de carbono, metano, até água, etc. – mas congelados ao zero absoluto.

Como o Hartley teve poucas passagens pelo Sol – ou seja, derreteu e desfragmentou-se pouco – pode brilhar mais que os demais cometas, além de passar bem perto da Terra. A expectativa maior para isso é no dia 20, pois não haverá lua cheia, mas o observador decidido deve estar atento ao céu também dias antes ou depois.

Algumas dicas são preciosas para quem quiser aproveitar o fenômeno. A primeira coisa, o lugar da observação. Precisa ser longe das luzes da cidade, para que não ofusquem o brilho do cometa. Baldaci, por exemplo, já fez observações em Chapada dos Guimarães.

Ao contrário do que muitos pensam, não são necessários equipamentos sofisticados. Quem tiver uma luneta ou telescópio pequeno certamente aproveitará, mas um binóculo 7X50 (acessível e vendido em lojas aqui em Cuiabá) também basta. Já para quem quiser tirar fotografias, é interessante que o equipamento tenha um tripé, pois terá de ficar por pelo menos um minuto em exposição.

Outra dica para observar, principalmente a olho nu, é escolher um local sossegado para ficar com os olhos fechados por alguns minutos, a fim de dilatar as pupilas de modo que elas aproveitem ao máximo a luz. Para achar o cometa, sites como www.calsky.com, www.spaceweather e www.heavens-above.com fornecem cartas celestes grátis.

http://www.tanarede.net/N2512



http://www.showdenoticias.com.br/ler/8322/cometa-sera-visto-a-olho-nu-este-mes-em-mato-grosso/

http://www.nossasenhoradolivramento.mt.gov.br/conteudo.php?cid=1113&sid=44

http://www.arenapolisnews.com.br/noticia/299785/Cometa-ser%E1-visto-a-olho-nu-este-m%EAs-em-Mato-Grosso

http://www.circuitomt.com.br/home/materia/47179



http://www.mt24horas.com.br/?open=eJyzL0i3zcsvyUzOTFRLzk%2FJTM%2B3NTQ3MjABAG0gCBE%3D&&.html



http://www.clichoje.com.br/?open=eJyzL0i3zcsvyUzOTFRLzk%2FJTM%2B3NTUysDAFAG0rCBc%3D&&.html



http://www.afolhanoticias.com.br/ver_noticia.php?cod_not=3438

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

TV Globo do Mato Grosso noticia o Cometa Hartley 2

Direto do link:  http://rmtonline.globo.com/noticias.asp?n=507942&p=2&Tipo=

Cometa será visto a olho nu este mês em Mato GrossoHartley 2 foi descoberto em 1986 e terá sua maior aproximação no dia 20 deste mês.Redação site TVCA












Cometa poderá ser visto olhando na direção norte, nas madrugadas do dia 20 de outubro a 02 de novembro.

Os mato-grossenses poderão acompanhar um fenômeno astronômico raro este mês. Ao olhar para o céu nas madrugadas a partir do dia 20 de outubro, um cometa estará visível a olho nu. A observação poderá ser feita por volta das 3h30, já no horário de verão, olhando na direção norte, até o dia 02 de novembro.


O cometa se chama Hartley 2, descoberto pelo astrônomo australiano Malcolm Hartley, em março de 1986. Ele orbita o Sol em um período de 6,5 anos, sendo que estudos demonstram que esta será sua quarta aproximação do Sol. O cometa deve passar a "apenas" 17,5 milhões de quilômetros da Terra.

A observação será possível com pequenos telescópios ou até mesmo a olho nu em locais sem poluição luminosa ou atmosférica. "Vamos torcer para não chover e para que não haja fumaça de queimadas", diz o astrônomo amador Eduardo Baldaci.

Explorando o cometa

Cientistas da Nasa lançaram, em 2007, a Missão Epoxi, que depois ficou conhecida como Deep Impact. O objetivo da sonda Epoxi é estudar a composição de alguns cometas, principalmente do Hartley 2. Estudos apontam que o impacto de um cometa com a Terra pode ser o responsável pela existência de água, ou até mesmo da vida em nosso planeta.

No dia 04 de novembro, a sonda Epoxi iniciará uma pesquisa com duração de 21 dias, nos quais irá medir a temperatura, analisar a composição química e obter outros dados que auxiliem em novas descobertas sobre os cometas.